O Chá de Sintra esteve ocupado com o Natal. Cá em casa somos sete e entre decorações, preparativos, doçarias e ceia de natal, não sobra muito tempo...
Com as outras chazeiras acontece o mesmo. Este ano, mal tivemos tempo para um jantarzinho! Ainda assim, conseguimos reunir-nos com umas amigas, à volta de umas pizzas e de uns risottos, regados com uma magnífica sangria, no sempre simpático
Don Calzone. Para quem não conheça, vale a pena lá ir.
Bem, o Natal já lá vai e a casa permanecerá enfeitada mais uns dias. Todos os anos, quando chega a altura de voltar a guardar a tralha natalícia, deparo-me com uma forte oposição do meu filho, que gostaria de manter tudo até... ao próximo Natal! Acho que, nesta matéria, as crianças são todas iguais.
Mas o que quero hoje, é partilhar com vocês os livrinhos que o Pai Natal deixou na chaminé para o meu filho... Dou comigo a pensar que de tantas vezes fazer o percurso casa-fnac, fnac-casa, até consigo contagiar o bonacheirão homem das barbas brancas.
Trata-se de uma pequena e singela história, bem ao jeito de Matilde Rosa Araújo. Florinda, uma menina de oito anos, ao regressar da escola sózinha, encontra no Jardim da Estrela, um Pai Natal.
Embora avisada pela avó que não deve falar com estranhos, a menina percebe que este não é um estranho qualquer, mas sim um Pai Natal. Do diálogo que entre ambos se estabelece, cedo depreendemos que este é um Pai Natal cansado e triste.
Alguém que vende balões no Inverno, castanhas no Outono e gelados no Verão... alguém a quem doem os pés dentro das botas. E Florinda acabar por ser a Primavera, sem que nenhum dos dois suspeite. Um livro muito triste, na opinião do meu leitor.
A segunda escolha foi esta
Apesar de muitas das histórias já existirem cá por casa em várias edições, gostei bastante da selecção das onze que o livro faz. Estão aqui reunidos Andersen, Dickens, Hoffmann e outros clássicos, bem como algumas lendas e fábulas populares.
O aspecto gráfico é bonito. E tratando-se de um livro para ler sempre, as ilustrações não nos deixam esquecer que se trata de um livro de Natal.
Mas, este ano, fui suplantada com a surpresa que chegou de uma das avós.
Há muito que o meu filho é um confesso admirador de Gerónimo Stilton.Foi com este respeitado rato e toda a sua família que tanto ele como os amigos se aventuraram na leitura "a solo". Achei espantoso este fenómeno e tive mesmo uma amiga que me agradeceu por o filho ter finalmente começado a gostar de ler! Também eu me tornei fã de Stilton. Agora que a colecção já está toda lida e substituida por outras, eis que chega uma edição de natal.
O livro reúne mais de oitenta histórias de vários países. Estão quase todas lidas e o rapaz anda com o livro debaixo do braço!
História das Filipinas História da Rússia
História do Senegal História árabe
Também eu fui contemplada. O meu filho retribuiu-me com este mimo,
Fiquei emocionada com a dedicatória, mais doce que chocolate! E o livro é realmente delicioso... como podem constatar com esta pequena amostra
"Os crescidos dizem que as mamãs gostam muito de surpresas. A mim parece-me que eles estão enganados. A minha mamã não gostou nada do coração enorme que lhe desenhei na parede da sala."
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