A Importância da Borracha

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ainda com uma parte de mim em Cabo Verde, a outra já percorre diariamente o caminho que leva o filho à escola. 
Setembro é o mês das rotinas. Regressamos ao trabalho, à escola, aos ponteiros do relógio! Abrem-se novos livros escolares, organiza-se material, reorganizam-se espaços... Ainda assim, o ritmo parece preguiçar sem grande vontade de se ajustar às cores outonais. 
Apressada, só mesmo a chuva que ontem apareceu por aqui, qual intrusa, usurpando os meus retiros e empurrando-me para dentro de casa. 

À tarde, tive a reunião de inicio de ano na escola do meu filho. Irrita-me a expressão "novo ano escolar"! Em rigor, devíamos chamar-lhe velho ou,  simplesmente, usado... 

Continuo a pensar nos meninos de Cabo Verde... enquanto reencontro velhos problemas e sou apresentada às "medidas de cariz inovador". Elencar os primeiros seria, no mínimo enfadonho. Alunos sem professores, professores sem alunos, professores transformados em burocratas graças à sobrecarga do trabalho que fazem pelos que ficam em casa sem nada para fazer... Na Educação (nomenclatura pouco do meu agrado), a forma continua a ser mais importante do que o conteúdo,  o acessório sobrepõe-se ao principal. Continuamos a ter projectos educativos que, pomposamente, apontam como meta o desenvolvimento das competências tecnológicas, sem nunca referirem  competências de leitura e escrita. Como se aquela fosse possível sem estas!
Artigo 14.o
Faltas e sua natureza
1 — A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória ou facultativa caso tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a comparência sem o material didático ou equipamento necessários, nos termos estabelecidos no presente Estatuto.
2 — Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do aluno. 3 — As faltas são registadas pelo professor titular de turma, pelo professor responsável pela aula ou atividade ou pelo diretor de turma em suportes administrativos ade-quados.4 — As faltas resultantes da aplicação da ordem de saída da sala de aula, ou de medidas disciplinares sancionatórias, consideram-se faltas injustificadas.5 — Sem prejuízo do disposto no n.o 4 do artigo ante- rior, o regulamento interno da escola define o processo de justificação das faltas de pontualidade do aluno e ou resultantes da sua comparência sem o material didático e ou outro equipamento indispensáveis, bem como os termos em que essas faltas, quando injustificadas, são equiparadas a faltas de presença, para os efeitos previstos no presente 
E o que há de novo, afinal? Horas de leitura? Escrita Criativa? Actividades que possam enriquecer as suas competências leitoras, que lhes fomentem hábitos leitores?
Nada disso. Estamos a esquecer-nos do fundamental...REGRAS!  Neste novo ano, 3 faltas de material transformam-se em faltas injustificadas e poderão vir a originar uns quantos dias de suspensão. E o professor até dispõe de um impresso próprio para anotar as ditas faltas! Podemos querer desenvolver-lhes as competências tecnológicas, mas continuamos a"pelar-nos por papelinhos!"
Pode parecer complicado, mas não é. Vejam as coisas desta forma, continuar a formar gerações sem hábitos leitores é um problema velho, a que já nos habituámos. Importante mesmo é certificarmo-nos se eles levam a borracha para apagar os erros que continuarão a escrever. 
Continuo a pensar nos meninos de lá... Em tudo o que não têm. E nos meninos de cá, em tudo o que nunca terão!

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Em Cabo Verde

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Em Cabo Verde, com uma bagagem pesada... de livros e de emoções!


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Figomania

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Por aqui, os figos já são coisa de todos os dias. Parece um jogo. Ao final da tarde a casa enche-se de figos, mas no dia seguinte as três figueiras voltam a estar "carregadinhas"!

Resultado, as primeiras compotas já aí estão e os habituais consumidores lá vão perguntando como vai a colheita ... G-u-l-o-s-o-s!

Mas não são os únicos. Nesta altura do ano, os quatro patas da casa viajam permanentemente da casa para o pomar... "à caça dos figos"!




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Regressando

terça-feira, 3 de setembro de 2013

As férias já lá vão, mas a memória que delas fica é bem mais duradoura! Este ano, optámos por um passe global de InterRail, numa das muitas modalidades existentes. 


Viena, Bratislava, Budapeste, Cracóvia, Munique e... Paris, paragem obrigatória num tempo em que os livros se saldam e a cabeça se perde! Novos, em segunda ou décima mão, encontram-se impensáveis tesouros!


O ritmo alucinante a que decorreram os dias tornou impossível o habitual relato no Chá, uma espécie de vítima da "crise de tempo". Um tempo que começou por faltar às Anas que me ajudaram a construir este blogue e que me tem faltado a mim, muito por culpa destes magníficos  bicharocos.

Entre o tempo que vai e o tempo que vem, as amoras chegam. Setembro repete-se.


E a beleza de Sintra também!



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