Amêndoas e Livros

sábado, 23 de abril de 2011

Hoje, o dia tem sido repartido entre a cozinha e a secretária. A doçaria da Páscoa tem ocupado boa parte do tempo. Começámos pelo bolo de amêndoa. 



O meu ajudante é especialista em partir ovos e "rapar" tigelas e colher de pau...



Depois, continuámos com a torta da Páscoa.


 

É claro que não esquecemos que hoje é dia mundial do livro.




E como não deu para sair, nem para organizar qualquer programa, partilhámos livros e leituras.



E ainda deu para trabalhar um bocadinho na minha última paixão, de que vos falarei um destes dias...



 Um projecto a meias com o meu filho...


Para esquecer a crise, o Chá deseja uma Páscoa com algumas amêndoas e muitos livros.

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Para fazer o retrato de um Pássaro

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Há dias assim, com instantes  tão intensos que gostaríamos que perdurassem. Mas conhecemos a sua natureza efémera. Hoje, também o  meu filho entendeu isso, quando lemos juntos o magnífico poema de Jacques Prévert,



"Para fazer o retrato de um pássaro" é um poema belo, escrito por Prévert em 1943 . Mordicai Gerstein ilustrou-o de maneira igualmente bela. E a Kalandraka editou-o.



Através deste precioso livro, partilhei com o meu filho um dos poemas de Prévert de que mais gosto. 




E até nos escondemos atrás da árvore. E fizemos silêncio. E o pássaro não tardou.


  


Esta é a parte em que devemos começar a apagar uma a uma, as barras da gaiola, mas com cuidado para não tocar nas penas do pássaro.



Nós pintámos este.


E bem, muito bem, porque ele cantou muito.


Descubram o ramo que ele, caprichosamente, escolheu  para ser pintado.




Divertimo-nos muito. 

Tenho certeza que amanhã volta.


Não deixem de experimentar. Comprem o livro até porque,





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Danuta Wojciechowska

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Chá tem andado meio abandonado e a culpa é do trabalho. Entre teses de doutoramento, pós-graduações e férias da Páscoa das crianças,  sobram pouco tempo e muito cansaço. Pela parte que me toca, o prazer do que ando a fazer compensa largamente as horas de trabalho em que me vejo envolta com a minha  pós-graduação.  No  último Sábado, fizemos uma visita ao atelier da grande ilustradora que é a Danuta Wojciechowska. Acho sempre desnecessário dizer o quanto gosto do seu trabalho, até porque penso ser improvável que alguém não goste. São muitos os livros ilustrados por Danuta que habitam cá em casa. Mostro-vos alguns.




Danuta começou por nos receber à volta desta mesa de livros, e foi por aqui que deu inicio a uma fantástica conversa sobre fontes de inspiração, referências, marcas de um percurso.



Com  uma grande dose de encanto e uma simplicidade absolutamente cativante, falou-nos do trabalho,  dos métodos e das técnicas que utiliza.


História das ilustrações do livro O Meu Primeiro Álbum de Poesia



E nós adorámos. Até pareceram poucas, as deliciosas horas que lá passámos!
O meu filho foi ter comigo no final e a Danuta mimou-o com uns "soberbos autógrafos" e um exemplar do seu ABC. 


Claro que o rapaz quer ser escritor e ilustrador...



E tudo isto, no dia seguinte à inauguração da sua mais recente exposição, "Palavras Pintadas", que decorreu na livraria Leya na CE Buchholz. Para quem não saiba, fica na Rua Duque de Palmela, 4, em Lisboa. E vai lá estar até 7 de Maio. Obrigatório! Estão à espera de quê? 


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Livro Infantil

segunda-feira, 4 de abril de 2011

No sábado,  celebrou-se  o Dia Internacional do Livro Infantil. Felizmente, de norte a sul do país, as actividades e os eventos multiplicaram-se. Até parecia difícil escolher. Aqui por casa, decidimos agarrar nuns livritos e ir até ao Chiado, onde estava marcada  para as 15 horas, uma iniciativa que me pareceu excepcional. Um cordão humano de leitura! Pela primeira vez, em Portugal. A ideia era formar um cordão do Chiado até à estação do Rossio, em que cada participante levasse um livro. Para ler, trocar, enfim celebrar...


Este foi o livro que o meu filho escolheu para levar

Não foi preciso muito para perceber que a grande maioria das pessoas que decidiu celebrar o Livro Infantil tinha escolhido outras iniciativas. Ou seja, não tinham partilhado do meu entusiasmo... Com efeito, quando chegámos ao Chiado, já um pouco depois da hora, apenas uma meia dúzia de pessoas se prontificava para engrossar o cordão. Valia a animação dos bombos, tocados pela EB 2,3 Fernando Pessoa.


Em poucos minutos, percebemos que o "cordão" seria apenas um desfile de algumas dezenas de amantes de livros que por ali estavam. Ou, como disse alguém da organização, uma "arruada". Poucos mas bons, lá fomos descendo até ao Rossio, por entre gentes que passavam. Uns ficavam curiosos, outros nem por isso.



A organização tinha espalhado vários livros ao longo do percurso e foi gratificante ver que alguns transeuntes não lhes ficavam indiferentes.





Outros houve que assistiram a tudo, mas lá do alto.



Bem, não sei o que falhou...A organização, certamente colherá os ensinamentos devidos, para a próxima. Sim, espero que venham mais!  Todos sabemos que não somos um país de leitores.



Porquê esperar que um cordão humano de leitura (do Livro Infantil) tivesse uma grande adesão?



Talvez por achar que muitos pais, professores, educadores de infância e muitos outros estariam interessados em celebrar desta forma o Livro Infantil?



Uma coisa é certa: enquanto por ali andei não consegui deixar de pensar, ora nas últimas manifestações de professores  de que tenho memória, ora na da geração à rasca. Senti inveja de tanta gente...Será que não podíamos ter requisitado umas centenazitas, pronto, dezenazitas??? 


Sim, porque calculo que leitores hão-de ser. Na pior das hipóteses, apenas pouco informados...




A meio do percurso, não resisti a uma "conversita" com  estes dois espanhóis. Como eles próprios dizem, não enganam ninguém.

E até têm site.  Estranhas formas de vida, ou nem por isso...

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