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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Hoje, finalmente, o sol invade-me. Lá fora, os pássaros estão alegres e acompanham a música que se ouve cá dentro, Caetano Veloso. 
Vou para a rua em busca de cor e descubro os primeiros sinais da Primavera. Ainda tímida, mas já esplendorosa. 

Repito vezes sem conta a frase de um poema de Alberto Caeiro, A mim este sol, estes campos, estas flores contentam-me. 


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Periferias

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


A 3ª Edição do FESTIVAL PERIFERIAS tem inicio dia 4 de Março, às 17h na Vila Alda/Casa do Eléctrico.  A sessão de abertura é marcada pela inauguração da exposição “O INCRÍVEL MUNDO DAS MARIONETAS ORIENTAIS , uma colecção privada de Elisa Vilaça,que chega de Macau. Consultem o programa. 

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Em Dia de São Valentim

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Almada Negreiros

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quando for grande quero ser Miró

sábado, 8 de fevereiro de 2014

cá em casa, Miró foi sempre uma paixão. dito isto, hoje sinto-me compelida a acrescentar que não. não temos por aqui quaisquer semelhanças com uma entidade bancária. o que em certos dias me deixa algum amargo de boca.também sinto não ter esse espírito audaz que caracteriza algumas figuras do nosso século, os figurões. o que me impede de contrair umas dívidazitas com o conforto de que se as coisas derem para o torto, o Estado, esse velho amigo só de alguns, as venha assumir por mim. pronto, admito, é um pensamento leviano, até revelador de um certo complexo de inferioridade. mas isso é porque acho que, no mínimo, precisaria de ser gato para que as minhas dívidas conseguissem igualar a grandeza de outras. e mesmo com sete vidas, não sei. enfim, devo conformar-me, engrosso o grupo de seres pequenos que não sabem endividar-se em grande.



resta-me, como ao comum dos mortais amantes de qualquer coisa, o consolo dos livros. sobre a vida e obra de Miró, há por todos os cantos. uns muito bons, outros nem tanto. como estas coisas (as paixões) são contagiosas, o meu filho desde cedo se revelou um apaixonado por Miró. 


ainda não há muito tempo, à invariável pergunta do mundo dos quotas, "o que queres ser quando fores grande?", ele respondia com inabalável convicção: quando for grande quero ser Miró.
na sua primeira incursão por terras de sua majestade vizinha, Miró esteve sempre presente. a estadia em barcelona teve, claro, um dia dedicado à fundação Joan Miró.


não ficou nada, nadinha, por ver e o rapaz veio com as malas cheias. não, não foi de Mirós, mas de inspiração.

claro que o que ele gostaria mesmo era de ter trazido alguns Mirós. acho que se teria contentado com um ou dois, mas como todas as crianças, se viessem oitenta ainda melhor. acabou por trazer dois pequenos postais que emoldurámos e até hoje exibe orgulhosamente no seu quarto. há coisas tão difíceis de explicar às crianças.

há uns dias ficou a saber da existência de 85 Mirós em portugal. olhou de imediato para mim. há coisas tão difíceis de explicar às crianças. logo depois ouviu que os 85 Mirós já tinham viajado para terras de sua majestade, a não vizinha. para serem vendidos. há coisas tão difíceis de explicar às crianças. depois do depois do depois, ouviu um conceituado jornalista dizer que estes 85 Mirós são de todos os portugueses. que, no mínimo, não deviam ter saído de cá sem que nós, todos os portugueses, tivéssemos oportunidade de os ver. há coisas tão difíceis de explicar às crianças.

o meu filho tem perguntado como é que nós cá em casa, não tendo qualquer semelhança com uma entidade bancária, estamos a pagar 85 Mirós. nós e o resto de todos os portugueses. há coisas tão difíceis de explicar às crianças.
cá em casa, Miró foi sempre uma paixão.

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