Novamente Parabéns

sábado, 28 de agosto de 2010


Os aniversários não param aqui pelo Chá de Sintra. Hoje é a vez de outra Grande Bloguista fazer anos! Repetir os parabéns, sem mais, não teria graça. 
Por isso, o Chá de Sintra deu asas à sua imaginação e decidiu-se por uma produção independente.. para comemorar este dia e presentear a Nossa Grande Amiga.O local escolhido para a realização foi, claro, a Praia Grande. Como de costume, as condições atmosféricas alternavam de hora a hora, entre o sol e as nuvens! O elenco escolhido é de elevada qualidade, com destaque para os actores de palmo e meio...    
A pensar em ti, esta foi a forma encontrada para dizer, Parabéns.

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Arte em Amesterdão

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As viagens fazem-nos pensar. Comparamos constantemente o que vimos com aquilo que conhecemos na nossa terra. Algo que me impressionou nesta viagem a Amesterdão foi constatar que não há na cidade e seus arredores um único prédio podre ou a cair.


Pelo contrário, em Portugal, especialmente nas cidades, o difícil é encontrar uma rua que esteja inteiramente arranjada.
No minúsculo centro histórico da vila de Sintra, há pelo menos meia dúzia de edifícios devolutos, destacando-se o Hotel Netto, junto ao Hotel Tivoli. Sempre que lá passo, penso que não tardará a cair.




Como é possível?

Em Lisboa, em plena Av. da Liberdade há prédios inteiros emparedados. Como justificar esta diferença?
Há uns anos ouvi alguém dizer que há duas formas de destruir uma cidade: bombardeando-a ou congelando as rendas. Sofremos deste último mal, é certo. Mas será esta a única razão para este infeliz estado de coisas?

Este post não era porém sobre conservação de cidades. Antes sobre alguns quadros que vi em Amesterdão e que me impressionaram. Era esta beleza que gostava de partilhar.

Os mais conhecidos pintores holandeses são, seguramente, Vicent van Gogh e Rembrandt. Talvez o primeiro, mais recente, seja mais famoso.
É obrigatório, em Amesterdão, visitar o Museu Van Gogh.
São sobejamente conhecidos os seus auto-retratos - pintou mais de 40 porque não tinha dinheiro para pagar a modelos. Achei graça aos sapatos do Van Gogh, cúmplices dos seus longos passeios a pé pela Holanda e pela França rurais onde viveu.


Rembrandt (1606-1669)  é famoso por quadros como a Rapariga do Brinco de Pérola (talvez mais conhecido pelo filme com o mesmo nome) ou a Ronda da Noite. Gostei muito de ver Rembrandts, especialmente um não tão conhecido, mas verdadeiramente encantador. Intitula-se a Noiva Judia e está rodeado de algum mistério. Não se sabe quem são as personagens, nem o que representam.



Mas basta pousar os olhos para ver transparecer um amor profundo, sentir as cores quentes (o vermelho do vestido é espantoso, o dourado da manga assume um volume impressionante para as duas dimensões do quadro) transmitirem a ternura do casal.

Se tudo isto me encantou no Rijksmuseum em Amesterdão, o que mais me fascinou, e um pouco surpreendentemente, foram as naturezas mortas. Deleitem-se com estas três maravilhas!


Natureza morta com queijos, de Floris van Dijck (c. 1615-20)



    Natureza morta com tarte de peru, de Pieter Claesz

E a minha preferida - reparem como o mesmo tom cinza enche todo o quadro, apenas destoando o dourado da taça e o amarelo do limão; como a luz é magnificamente trabalhada em todas as peças do quadro; como a encenação dos objectos é perfeita.


Natureza morte com taça dourada, de Willem Claezs Heda (c. 1635)

Todos estes quadros são do sec. XVII, encenando mesas daquela época. Evidentemente não são mesas normais, mas ricas, riquíssimas. Todos os ingredientes são dos mais luxuosos para a época. A pimenta em pacotinhos de papel enrolado era na altura caríssima. Os queijos, enormes, só ao alcance dos mais ricos. O pão, branco, feito de farinhas refinadas, apenas era acessível aos mais abonados. As ostras, ainda hoje, só chegam às mesas mais abastadas.

Reparem também na louça, na porcelana chinesa, nos copos ricamente decorados, nos jarros e nas taças de ouro, nos lindíssimos punhos das facas.

São mesas luxuosas. Mas mais do que luxuosas, são requintadas. As toalhas impecavelmente brancas, impecavelmente engomadas, ainda bem vincadas. A mesa parece ter sido abandonada naquele momento, mas está ainda cheia de comida, como se os comensais não se importassem com o desperdício, como se displicentemente deixassem para os criados os restos do seu selecto manjar.

Talvez  não seja uma mensagem muito politicamente correcta nos dias de hoje, mas a riqueza, o luxo, o bom gosto, o bom viver, deixam-me verde de inveja!

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Divina Forma de Vida... Obrigada, Amigas!

domingo, 22 de agosto de 2010



Como as minhas AMIGAS se encarregaram de vos dizer, de forma doce e “oculta”, ontem fiz anos. Quando hoje abri o Chá de Sintra, não consegui deixar de rir, e muito, com estes doces e ternos parabéns, cantados por três “personagens”, posso assegurar, em tudo semelhantes às minhas amigas…

Confesso que nunca atribuí grande importância ao dia de anos. Se a data serve para invocar a vida, comemorar a nossa chegada, isso é o que quero e gosto de fazer todos os dias. Comemorar a vida nas pequenas coisas, celebrá-la nos pequenos detalhes, é para mim a melhor forma de existência.
Mas acabo sempre por me render! Há efectivamente algo neste dia que o torna especial - a forma como somos mimados e acarinhados, em doses altamente reforçadas, pela família e amigos.

Foi deste modo que as minhas amigas do Chá me presentearem.


Um cesto cheio de amizade e de outras coisas… Ovos, que finalmente as galinhas começaram a pôr (e de que maneira!), alface e tomates da horta de uma delas, e esse manjar dos deuses a que todas nos rendemos nas últimas semanas, as amoras! Delas vos voltaremos a falar! E, claro, um frasco com compota de amora, deliciosa, também confeccionada por elas. A entrega foi feita ao domicilio, com a devida pompa e carinho.
Obrigada, amigas, por partilharem comigo esta divina forma de vida...

Também cá por casa, os mimos foram muitos! O meu filho ofereceu-me um livro, feito por ele. Li e reli várias vezes. Hoje, apeteceu-me voltar a fazer anos!




Com um sol e um calor intensos, fomos almoçar a Cascais.


Regressámos pela serra, e pelo nosso habitual cenário sebastiano. Este ano, o nevoeiro não quer outra morada. Esta era a vista a partir do Guincho.


Sei que muita gente desespera com o nevoeiro de Agosto! Mas há momentos tão únicos, que às vezes sinto-me grata pela sua existência. Partilho com vocês o que vi na sexta-feira, no final do dia, quando dei um passeio com a família e os cães.



Divina forma de vida...

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Parabéns

sábado, 21 de agosto de 2010

Parabéns à nossa grande bloguista,
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida.
Hoje é dia de festa,
cantam as nossas almas,
para uma grande bloguista,
UMA SALVA DE PALMAS.

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Uma Pérola Escondida na Praia Grande

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Praia Grande é uma "caixinha de surpresas". É uma praia de contrastes!
Se há dias em que o sol nos brinda e nos proporciona um dia de verão fantástico, também há aqueles em que as nuvens e o "capacete" sobre a serra teimam em não sair.


Por isso, no saco da praia levamos sempre os chapéus de sol dos miúdos e o protector solar, mas também umas camisolas, não vá o "diabo tecê-las"...
A verdade é que não conseguimos prever o dia de amanhã nesta praia.
Vejamos o exemplo do areal. Em meados de Junho estivemos preocupadas porque o mar tinha levado imensa areia e receávamos que nunca mais a trouxesse. As crianças fizeram praia confinadas a um espaço pequeno e não havia lugar para mais de uma dezena de toldos.
Agora, a praia está Grande, o mar trouxe imensa areia, ninguém podia calcular, nem mesmo aqueles que conhecem esta praia como a "palma da sua mão".
Pensemos agora nas bandeiras. Na semana passada estiveram dois dias de bandeira verde, o mar calmo e óptimo para nadar. Quem por lá passava, dava um mergulho e espalhava a novidade pelos amigos e familiares. No entanto, passados estes dois dias o mar voltou a "embravecer-se" e rapidamente a bandeira encarnada subiu ao mastro, substituindo os mergulhos no mar pelos célebres baldes de água.
Mas é esta imprevisibilidade do dia a dia, que embeleza esta Praia e a torna tão misteriosa, com pequenos segredos escondidos.
Nestes dias de maré vazia a praia surpreendeu-nos com umas baías magníficas, por entre os altíssimos e desenhados rochedos, atraindo pessoas, que ficavam estupefactas com aquele cenário, nunca antes visto.



A água estava azul clara e nas rochas encontrávamos anémonas e caranguejos cinzentos, que timidamente espreitavam por entre as algas.


Houve ainda quem tivesse encontrado polvos presos nas rochas e peixinhos a nadar.


Era uma pérola escondida na Praia Grande!

Aqui ficam mais algumas fotografias dessa paisagem para mais tarde recordar.







O mesmo cenário num dia mais cinzento.... Que diferença!



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Ainda de Férias...

domingo, 15 de agosto de 2010

Como já devem ter reparado, o ritmo por aqui continua a ser de férias! Só ontem, finalmente, nos reencontrámos todas e ainda não deu para pôr o Chá em ordem... A culpa é daquela de nós que insiste em nos mimar com uns divinos jantares, que executa primorosamente de acordo com as instruções da Mafalda Pinto Leite! Como costumo dizer, "soberbas mafaldices"...

Como o tempo me escasseia, proponho-me voltar a partilhar alguns momentos das minhas andanças por terras nórdicas. As últimas fotos que aqui coloquei mostravam Bergen, os fiordes e toda a beleza envolvente. É uma paisagem que se repete por grande parte deste magnífico país, que é a Noruega.
As fotos que se seguem foram tiradas da minha janela de comboio na viagem entre Bergen e Oslo.



Oslo é uma cidade pequena mas bonita. Impressionou-me o edificio da Ópera, tanto pela construção como pela sua fabulosa localização.
O jogo das sombras é obrigatório para quem sobe ao topo do edíficio.

Outro momento digno de registo foi a visita ao Viking's museum, o único onde se podem encontrar três genuínos exemplares das embarcações de outros tempos.


Depois de Oslo, seguiu-se Estocolmo. A Noruega é, sem dúvida alguma, um modelo de organização, o espelho de tudo o que sempre aprendi a pensar dos nórdicos. Não achei o mesmo da Suécia. Houve alturas em que cheguei a pensar ter-me enganado e não estar no norte da europa. Logo à chegada a Estocolmo, fomos surpreendidos com o facto de não haver casa de banho pública, e quando digo pública, refiro-me às existentes nas estações de comboios, cafés e espaços similares, que não funcione apenas com "moedinha" (feitas as contas, 1€). Como devem calcular, para os turistas como nós,que pisam solo sueco, com crianças e sem ainda terem trocado coroas suecas, é algo que dá muito jeito...

Estocolmo é uma cidade enorme, linda, imponente, com uma parte velha cheia de ruas e ruelas encantadoras. Mais de 70% desta cidade é constituída por verde e água, o que atesta bem a sua qualidade. É também das cidades mais cosmopolitas que já visitei.



O percurso de Estocolmo para a Lapónia, na Finlândia, foi a grande aventura desta viagem. Mais de 1300 km divididos por dois comboios e dois autocarros. A primeira parte foi feita, sobretudo de noite, num comboio que nos permitiu ver que por ali, nesta altura do ano, não há noite.


À meia noite ainda há sol, que praticamente nunca desaparece. As fotos que vos mostro foram tiradas da janela do comboio, por volta das três da manhã, já que esta viajante “não pregou olho” para não perder pitada…




Chegados a Lulea às oito da manhã, seguiu-se um autocarro para Haparanda, onde presenciei uma das cenas mais inesquecíveis da viagem. A meio do percurso, o autocarro parou, e o motorista, o revisor e um terceiro homem dirigiram-se ao ocupante do banco à minha frente, um jovem de aspecto pouco agradável, que me vociferara algumas palavras em sueco, antes de adormecer. Os três homens tentavam desesperadamente acordá-lo, abanavam o sujeito, gritavam-lhe aos ouvidos, tiravam-lhe a pulsação…e nada! A cena prolongou-se por uns largos minutos, até considerarem que o pobre estava sem vida. O autocarro continuava parado enquanto os três homens debatiam o problema de como tirar o morto dali, até porque estávamos no primeiro andar do autocarro. O que não tem remédio, remediado está. A decisão foi “carregá-lo”, sem mais. No preciso momento em que se preparavam para executar o plano, “ o morto” revirou os olhos, estrebuchou, pôs-se de pé, cambaleando, calças em baixo… e como qualquer bom fantasma, esfumou-se pela escada! E a overdose também...

Bom, depois de outro autocarro e ainda outro comboio, chegámos a Rovaniemi por volta das cinco da tarde. Apenas a 8 km de St. Claus e do Círculo Polar Ártico, não resistimos! Porquê deixar para amanhã?
A emoção foi forte! Para o viajante mais pequeno, poder finalmente pisar a linha do Círculo Polar Ártico foi, seguramente, uma sensação em tudo semelhante às do nosso João Garcia quando chega aos cumes!!



Quanto ao Pai Natal, e apesar de ainda estarmos no verão, posso assegurar que já trabalha árduamente. O que não o impediu de nos receber calorosamente na sua casa e de nos mostrar a fábrica dos brinquedos!

Na aldeia do Pai Natal só as renas estavam de férias. No verão, são postas em liberdade por toda a floresta. Uma espécie de recompensa pelo duro trabalho executado no inverno.
Na ausência das renas, fomos transportados pela Sirry, uma égua pura finlandesa.



Foi assim que chegámos ao Santa Park. Foram poucos os meios de transporte que não utilizámos nesta viagem...




Depois desta fantástica estadia pela Lapónia, seguiu-se Helsínquia e Tallinn. A capital da Estónia foi uma agradável surpresa e fez-me pensar permanentemente na nossa Sintra. No que não temos e no que poderíamos ter! Será o próximo tema... 

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