Este Outono é só meu

Saí de casa sentindo o canto dos pássaros marcando o ritmo da manhã,

demorei o olhar e falei-lhes com a intimidade do que me é próximo. 

Andei alguns metros, pude tocar o frio com os dedos e fiquei submersa pela beleza do que nunca termina.

 Partilhei esses momentos em amenos diálogos.

Respiro o ar que sempre me embriaga de alegria.

Ao fim de hora e meia de caminhada, chego à vila.

Entro na Romaria de Baco para uma merecida pausa. 

 Os ovos mexidos com farinheira e espinafres e a tostada de salmão, acompanhadas de uma Bohemia, recarregam-me a energia para o caminho de regresso.

                                                                                   

Onde me volto a cruzar com belas e alvas criaturas. 

Este é um dia de Outono.

De um Outono só meu, numa Sintra que é de todos.