Escapes
quarta-feira, 6 de junho de 2012
No fim-de-semana, demos um pulo até ao Algarve. Foram os primeiros dias de praia do ano. Sem horas, sem pressas, sem gente. Uma praia quase só nossa.
E de alguns visitantes mais estranhos...
Acabar o dia na praia, caminhar na areia molhada, estar e ir ficando enquanto o tempo nos ameniza as horas, é das minhas ocupações preferidas.
Talvez por isso goste tanto deste Algarve, calmo, perdido no tempo e envolto na autenticidade das suas gentes. Que tanto gosto de observar!
Os mercados são dos meus espaços preferidos. Acho sempre que neles se conhece um povo. Porque dentro deles assistimos a uma genuína luta pela sobrevivência, daqueles que há muito se habituaram a viver com muito pouco ou quase nada...
Mas, a quem o brilho do sol e o encontro do céu com o mar parecem bastar...
O regresso traz-me de volta as paisagens que são as minhas. Onde encontro a paz da meninice vivida, aqui e além tejo, mesclada por um turbilhão de emoções. E onde invariavelmente lembro palavras de Torga.
No jardim da lembrança,
Onde cultivo as flores
Da perpétua e alada primavera,
Nem a terra se cansa,
Nem desmaiam as cores,
Nem o pólen dos sonhos desespera.
No final, a sensação de sempre. Parece que estivemos fora muito tempo!! Só o facto de reencontrar a minha Sintra, tal como a tinha deixado, me traz de volta à realidade.
2 comentários:
Que lindo texto! E as fotos também são lindas - especialmente as do Alentejo de que tanto gosto. E a paz, a alegria genuína do regresso a Sintra (minha terra do coração)... Quem me dera!
Beijinho
Beijinho, Graça.
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