O Principezinho, na Quinta da Regaleira
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
Para todas as gerações que leram e releram O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, esta é, seguramente, a grande mensagem do livro. Aquilo que nos vêm de imediato à cabeça quando pensamos ou falamos dele. Pertenço àquele grupo que, apesar de achar que não há idade para nos apaixonarmos por esta criatura ou para praticar o culto da amizade, considera que O Principezinho não é um livro infantil.Foi pois com grande curiosidade que ontem fomos à Quinta da Regaleira ver a peça de teatro encenada pela companhia Byfurcação.
Ir à Regaleira é sempre uma caminhada estonteante para os sentidos. Assistir a uma encenação do Principezinho ao ar livre, neste cenário idilico, é alguma coisa que não queríamos perder.
O actor Paulo Cintrão é o aviador na Regaleira
O encontro entre os actores e o público na cafetaria marca o inicio do espectáculo. A ideia pareceu-me genial, embora geradora de alguma confusão. Isto porque muitos dos que ali se encontravam sentados eram apenas visitantes enquanto os espectadores, grandes e pequenos, assistiam de pé, em maior alarido.
Segue-se uma caminhada ao som dos motores do avião.Este é um momento altamente conseguido e quando chegamos ao local onde decorre o resto da peça, as crianças já só querem saber onde está O Principezinho.
O avião Auster, cedido pelo Museu do Ar é a peça chave da cenografia ao ar livre
Durante noventa minutos, a curiosidade e interesse de grandes e pequenos está ao rubro. Tratar um texto que tem tanto de belo quanto de complexo, num exterior igualmente belo e único deve ser um desafio sem tamanho.As expectativas eram grandes e a ambição do projecto também. Ainda que alguns registos nos tenham parecido menos conseguidos, esta é sem dúvida uma experiência a não perder!
Voltámos mais ricos e durante uns dias vai ser impossível não reler O Principezinho.
No fim, ainda deâmbulamos por lá, pois claro.
Querem mais motivos para lá ir?
Vão e,
deixem-se cativar!
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