Que sera sera
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
O que queres ser quando fores grande? A pergunta mora na boca dos adultos e é repetida vezes sem conta. Mas nem por isso eles parecem estar preparados para a riqueza e diversidade das prováveis respostas. A última que ouvi foi esta, "quero ser músico na rua".
A resposta do pequeno amante de " música na rua" desconcertou a gente crescida que ali estava. Apeteceu-me cantar-lhes assim,
1 comentários:
Levo uns anos de músico, quase 50 faltam só mais dois. Agora toco mais para a família e amigos.
Na minha juventude ser músico de rua, era coisa de saltimbanco, ou então os cegos, que aprendiam a tocar um instrumento (acordeão geralmente), e, vinham para as ruas, quase sempre escolhiam uns locais certos, tinham alguém que os trazia, e lhes transportava um banco para o músico (cego) se sentar.
Como se sabe este era o espírito do português preconceituoso, desconfiado, envergonhado, mas não só!
Hoje isso mudou. A gente nova não tem esse preconceito, nem deve ter, porque hoje ser músico em Portugal é difícil, não há trabalho. Sei de muito bons músicos que estão em casa sem fazer nada, porque para qualquer festa se contrata um DJ, para por um CD, que qualquer um tem em casa, e, recebe uma fortuna.
Fazer a música junto do cliente, é coisa do passado. Ou então as pessoas quando querem música ao vivo, querem é música pimba.
Baixou o nível cultural musicalmente falando, de um modo assustador, mas, curiosamente noto que há mais gente interessada em aprender música, e, quem aprende sabe mais (porque os métodos são melhores), que no meu tempo!
Há dias vi uma reportagem sobre os artistas de rua (em Lisboa), é uma vergonha, o que têm que pagar de liçença para estarem a distrair quem passa. Deviam ser incentivados a atuar, e apresentar os seus trabalhos, claro que salvaguardando a estética e o nível artísto, fosse em que área fosse.
De tudo o que vi destaco um grupo de 5 instrumentistas russos, à porta da Ópera de Amesterdam, um espanto.
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