O Tempo do Mundo

sábado, 9 de outubro de 2010

Que dia! Sintra esteve cinzenta, fria, triste, hospedando, resignada, um vento forte que teimava em tudo varrer. Como se possuisse uma vassoura gigante que nada queria deixar por limpar, assemelhando-se a um louco que tem pressa em agregar a sujidade em novelos que se esfumam no ar...



Vídeo produzido pelo meu filho.

O tempo é assim. Caprichoso, instável e até mesmo prepotente. Ontem, sempre que olhava pela janela, não conseguia deixar de pensar que no dia anterior tinha almoçado na praia. É verdade, como o sol brilhava, esgueirei-me num pulo até à Praia da Adraga.




Contrariando as minhas expectativas, a praia não estava vazia.



A temperatura estava amena, e a Adraga, linda como sempre. Estive por lá um bom bocado, observando estas magníficas criaturas.

E até descobri que já estão adaptadas ao ruído de outros seres com asas...




Talvez por ser Outubro, e ainda se me oferecer esta fantástica possiblidade de olhar o mar e sentir a areia, dei comigo a revisitar alguns dos pedaços do mundo onde estive este verão. Veio-me à cabeça Helsínquia, onde ontem a temperatura já rondava apenas os 8 graus. Percebi que era a  a miragem de duas praias que por lá vi, que me invadia.






A Finlândia tem dos melhores sistema de educação do mundo e um elevado nível de qualidade de vida. Mas não tem as nossas praias, nem o nosso sol…



Tenho amigos que afirmam peremptoriamente que seriam incapazes de lá viver. Também eu. Mas tenho sempre um pensamento que me atormenta. Será que eles vão conseguir mudar as praias e o sol  antes de nós alcançarmos um sistema de educação e um nível de vida aproximados?

No regresso, reencontrei-me com algumas das minhas paisagens...


e também com algumas tipicidades de Almoçageme, que me recordam um país de há muitos anos atrás.



São os contrastes do mundo, fazendo lembrar as oscilações do tempo...






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