Livro Infantil

segunda-feira, 4 de abril de 2011

No sábado,  celebrou-se  o Dia Internacional do Livro Infantil. Felizmente, de norte a sul do país, as actividades e os eventos multiplicaram-se. Até parecia difícil escolher. Aqui por casa, decidimos agarrar nuns livritos e ir até ao Chiado, onde estava marcada  para as 15 horas, uma iniciativa que me pareceu excepcional. Um cordão humano de leitura! Pela primeira vez, em Portugal. A ideia era formar um cordão do Chiado até à estação do Rossio, em que cada participante levasse um livro. Para ler, trocar, enfim celebrar...


Este foi o livro que o meu filho escolheu para levar

Não foi preciso muito para perceber que a grande maioria das pessoas que decidiu celebrar o Livro Infantil tinha escolhido outras iniciativas. Ou seja, não tinham partilhado do meu entusiasmo... Com efeito, quando chegámos ao Chiado, já um pouco depois da hora, apenas uma meia dúzia de pessoas se prontificava para engrossar o cordão. Valia a animação dos bombos, tocados pela EB 2,3 Fernando Pessoa.


Em poucos minutos, percebemos que o "cordão" seria apenas um desfile de algumas dezenas de amantes de livros que por ali estavam. Ou, como disse alguém da organização, uma "arruada". Poucos mas bons, lá fomos descendo até ao Rossio, por entre gentes que passavam. Uns ficavam curiosos, outros nem por isso.



A organização tinha espalhado vários livros ao longo do percurso e foi gratificante ver que alguns transeuntes não lhes ficavam indiferentes.





Outros houve que assistiram a tudo, mas lá do alto.



Bem, não sei o que falhou...A organização, certamente colherá os ensinamentos devidos, para a próxima. Sim, espero que venham mais!  Todos sabemos que não somos um país de leitores.



Porquê esperar que um cordão humano de leitura (do Livro Infantil) tivesse uma grande adesão?



Talvez por achar que muitos pais, professores, educadores de infância e muitos outros estariam interessados em celebrar desta forma o Livro Infantil?



Uma coisa é certa: enquanto por ali andei não consegui deixar de pensar, ora nas últimas manifestações de professores  de que tenho memória, ora na da geração à rasca. Senti inveja de tanta gente...Será que não podíamos ter requisitado umas centenazitas, pronto, dezenazitas??? 


Sim, porque calculo que leitores hão-de ser. Na pior das hipóteses, apenas pouco informados...




A meio do percurso, não resisti a uma "conversita" com  estes dois espanhóis. Como eles próprios dizem, não enganam ninguém.

E até têm site.  Estranhas formas de vida, ou nem por isso...

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