Halloween - Noite de Feitiços

Os últimos dias têm sido agitados cá por casa. Tem havido muito para fazer, muito mais para pensar...  E como se não bastasse, chegou a altura do ano em que toda a espécie de bruxedo me ocupa a cabeça...

Pois é, o halloween tornou-se um hábito por aqui. E a cada ano que passa, aperfeiçoamos ainda mais os preparativos da noite das bruxas.As abóboras chegaram cedo, pela mão de um simpático vizinho. Ele dá-nos abóboras, nós damos-lhe maçãs. São os mimos próprios da vida no campo.

Em véspera de bruxaria, deitámos mãos à obra.

Apesar da perícia dos meus ajudantes, é tarefa árdua ver o fundo à abóbora.

Transformar a casa no cenário ideal para receber dez bruxinhas e diabinhos é sempre um desafio à criatividade...

Com esqueletos, bruxas, cantos e recantos assustadores, invenções diabólicas...

Enleamo-nos de tal modo nas teias e nos bruxedos que as gargalhadas devem ser audíveis a uns bons metros... Gargalhadas de bruxas! Felizmente que o vizinho mais próximo é o das abóboras e só cá está quando vem tratar delas.

Pensar e executar a ementa para convidados tão especiais  é outro desafio.

O "bolo da bruxa" todos os anos obriga a uma viagem pelas artes maléficas. Já se tornou tradição cantar os parabéns às "bruxas" por volta da meia noite.É um dos momentos altos da noite.

A ementa conta já com pratos fixos, como é o caso dos olhos de defunto e das dentaduras.

Os meus convidados têm  entre dez e onze anos e são todos especialistas na arte de enfeitiçar a noite dos mil e um medos...

Quando, às cinco da manhã, fui espreitar o que se passava no quarto onde todos juntos se deitaram num  insuflável, não vi esqueletos nem múmias. Vi gente feliz que ainda tinha energia para o jogo dos países.

Aprendi um novo, "Arábia Sódita".