Meu Amor... Perdido e Achado.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Cheiinha de trabalho, nao tem sido fácil vir até ao Chá. Por isso, hoje venho pôr a leitura em dia e deixo-vos alguns dos últimos livros que andamos a ler cá por casa.
O Meu Amor é um livro editado pela Bags of Books, uma recente editora de que já gostamos muito.Trata-se de uma deliciosa história escrita pela italiana Beatrice Alemagna, com fantásticas e divertidas ilustrações feitas em pano.
Uma coisa esquisita, com pêlos de cão e cabeça de porco. Assim se define a si próprio este animal estranho, a quem todos confundem com qualquer outro.
As ilustrações feitas em pano, com recurso a botões e afins, são tão fantásticas quanto conseguidas, pois quando acabamos de as ver, achamos que O Meu Amor não poderia ser de outra coisa qualquer...
Estranho? Para o amor não há estranheza...
Este é um livro, cuja ausência empobrece qualquer biblioteca. Não deixem de comprar, ou só ler, ou só mexer...
Com carimbo de imperdivel, aí está
"Finalmente chegou", é o comentário unânime em relação a este livro do autor do Incrível Rapaz que Comia Livros e de O Coração e a Garrafa.
É um livro sobre a amizade, expressa em imagens e palavras.
Adoro o trabalho de Oliver Jeffers e até o meu filho já diz que, quando for grande, quer ilustrar como ele...
Perdido e Achado é um livro pelo qual nos apaixonamos! Quando chegamos ao fim, até nem nos importávamos de ser pinguins. Como sempre, chegou pelas mão da Orfeu Mini.
Depois do livro ter ganho o Prémio Autores 2011, a curiosidade aumentou e A Contradição Humana instalou-se cá por casa. É um livro de Afonso Cruz, divertido, às vezes até mordaz, mas bem assertivo no que toca a esses males de todos padecemos. Contradições!
Confesso que tal como me tinha acontecido com a leitura de Os Livros Que Devoraram o Meu Pai, que teima em não me sair de cima da secretária, me assaltou a dúvida da idade dos possíveis leitores. Acho aliás que esse é um dos traços fascinantes da escrita deste autor. A dúvida ficou desfeita com o gargalhar do meu filho e os risos da avó perante as contradições apontadas.
Por último, mas não em preferência, ainda anda por aqui o Dançar nas Nuvens, da argentina Vanina Starkoff.
O sonho de uma menina que queria dançar com as nuvens e a quem a mamã dizia para esquecer a ideia, pois só os pássaros conseguiam tocar-lhes. A menina, que acaba por tocá-las, descobre, contudo, que um pouco mais abaixo, há coisas igualmente belas e bem menos solitárias.
Uma forma brilhante de abordagem da vivência em comunidade e do intercâmbio cultural. As ilustrações deslumbram, como podem ver. Tal como o tema, também elas são cheias de cor, diversidade e riqueza.
Finalista do 3º Prémio Internacional de Compostela para álbuns ilustrados 2010, chegou até nós pela mão da Kalandraka, pois claro!
Às vezes, também danço nas nuvens, tentando gerir a grande contradição que é o dinheiro perdido e achado graças ao meu amor pelos livros! Leiam muito com a criançada!
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