Como já devem ter reparado, o ritmo por aqui continua a ser de férias! Só ontem, finalmente, nos reencontrámos todas e ainda não deu para pôr o Chá em ordem... A culpa é daquela de nós que insiste em nos mimar com uns divinos jantares, que executa primorosamente de acordo com as instruções da Mafalda Pinto Leite! Como costumo dizer, "soberbas mafaldices"...
Como o tempo me escasseia, proponho-me voltar a partilhar alguns momentos das minhas andanças por terras nórdicas. As últimas fotos que aqui coloquei mostravam Bergen, os fiordes e toda a beleza envolvente. É uma paisagem que se repete por grande parte deste magnífico país, que é a Noruega.
As fotos que se seguem foram tiradas da minha janela de comboio na viagem entre Bergen e Oslo.
Oslo é uma cidade pequena mas bonita. Impressionou-me o edificio da Ópera, tanto pela construção como pela sua fabulosa localização.
O jogo das sombras é obrigatório para quem sobe ao topo do edíficio.
Outro momento digno de registo foi a visita ao Viking's museum, o único onde se podem encontrar três genuínos exemplares das embarcações de outros tempos.
Depois de Oslo, seguiu-se Estocolmo. A Noruega é, sem dúvida alguma, um modelo de organização, o espelho de tudo o que sempre aprendi a pensar dos nórdicos. Não achei o mesmo da Suécia. Houve alturas em que cheguei a pensar ter-me enganado e não estar no norte da europa. Logo à chegada a Estocolmo, fomos surpreendidos com o facto de não haver casa de banho pública, e quando digo pública, refiro-me às existentes nas estações de comboios, cafés e espaços similares, que não funcione apenas com "moedinha" (feitas as contas, 1€). Como devem calcular, para os turistas como nós,que pisam solo sueco, com crianças e sem ainda terem trocado coroas suecas, é algo que dá muito jeito...
Estocolmo é uma cidade enorme, linda, imponente, com uma parte velha cheia de ruas e ruelas encantadoras. Mais de 70% desta cidade é constituída por verde e água, o que atesta bem a sua qualidade. É também das cidades mais cosmopolitas que já visitei.
O percurso de Estocolmo para a Lapónia, na Finlândia, foi a grande aventura desta viagem. Mais de 1300 km divididos por dois comboios e dois autocarros. A primeira parte foi feita, sobretudo de noite, num comboio que nos permitiu ver que por ali, nesta altura do ano, não há noite.
À meia noite ainda há sol, que praticamente nunca desaparece. As fotos que vos mostro foram tiradas da janela do comboio, por volta das três da manhã, já que esta viajante “não pregou olho” para não perder pitada…
Chegados a Lulea às oito da manhã, seguiu-se um autocarro para Haparanda, onde presenciei uma das cenas mais inesquecíveis da viagem. A meio do percurso, o autocarro parou, e o motorista, o revisor e um terceiro homem dirigiram-se ao ocupante do banco à minha frente, um jovem de aspecto pouco agradável, que me vociferara algumas palavras em sueco, antes de adormecer. Os três homens tentavam desesperadamente acordá-lo, abanavam o sujeito, gritavam-lhe aos ouvidos, tiravam-lhe a pulsação…e nada! A cena prolongou-se por uns largos minutos, até considerarem que o pobre estava sem vida. O autocarro continuava parado enquanto os três homens debatiam o problema de como tirar o morto dali, até porque estávamos no primeiro andar do autocarro. O que não tem remédio, remediado está. A decisão foi “carregá-lo”, sem mais. No preciso momento em que se preparavam para executar o plano, “ o morto” revirou os olhos, estrebuchou, pôs-se de pé, cambaleando, calças em baixo… e como qualquer bom fantasma, esfumou-se pela escada! E a overdose também...
Bom, depois de outro autocarro e ainda outro comboio, chegámos a Rovaniemi por volta das cinco da tarde. Apenas a 8 km de St. Claus e do Círculo Polar Ártico, não resistimos! Porquê deixar para amanhã?
A emoção foi forte! Para o viajante mais pequeno, poder finalmente pisar a linha do Círculo Polar Ártico foi, seguramente, uma sensação em tudo semelhante às do nosso João Garcia quando chega aos cumes!!
Quanto ao Pai Natal, e apesar de ainda estarmos no verão, posso assegurar que já trabalha árduamente. O que não o impediu de nos receber calorosamente na sua casa e de nos mostrar a fábrica dos brinquedos!
Na aldeia do Pai Natal só as renas estavam de férias. No verão, são postas em liberdade por toda a floresta. Uma espécie de recompensa pelo duro trabalho executado no inverno.
Na ausência das renas, fomos transportados pela Sirry, uma égua pura finlandesa.
Foi assim que chegámos ao Santa Park. Foram poucos os meios de transporte que não utilizámos nesta viagem...
Depois desta fantástica estadia pela Lapónia, seguiu-se Helsínquia e Tallinn. A capital da Estónia foi uma agradável surpresa e fez-me pensar permanentemente na nossa Sintra. No que não temos e no que poderíamos ter! Será o próximo tema...
1 comentários:
Sim, sim q jantar!!!!!Mt obrigada estava td excelente, divinal....e a companhia foi do melhor!!!!:)))) Continuo a dizer q voces sao lindassss..... mil bjs
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