O Mundo das Fadas I

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Trabalho num colégio e o que mais gosto de fazer é conversar e brincar com as crianças. Fico apaixonada pela sua forma simples e prática de pensar e explorar o mundo imaginário. Os mais pequenos têm uma criatividade que me fascina e tenho pena que, nós adultos, a percamos com o crescimento, desprezando este lado rico e belo do pensamento.
Na semana passada, um grupo de meninos entregou-me uma carta com as suas dúvidas relativamente ao Mundo das Fadas.


A carta dizia o seguinte:

"Queremos convidar-te para vires à nossa sala, porque temos muitas dúvidas sobre as fadas.
Precisamos de saber:
-Onde é a casa da Fada dos Dentes?
-Onde mora a Fada dos Talheres Mágicos?
-Será que as Fadas conhecem o Pai Natal?
-Como nascem as asas das Fadas?
-As Fadas voam?
-Quando é que as Fadas fazem anos?
-Porque é que as Fadas têm uma varinha mágica?
-O que comem as Fadas?
-Como é que as Fadas entram nas casas?
-Será que há uma Fada Rainha?
-Onde moram as Fadas?
-Onde dormem as Fadas? Todas juntas ou separadas?
-As Fadas bebem água?
Esperamos pela tua resposta.

Obrigada 
Meninos da Turma dos 5 anos"


Fiquei perplexa com a quantidade de perguntas. Como seria possível encontrar tantas inquietações relativas a uma Fada. É de facto espantosa esta enorme capacidade de reflexão e de análise.
Citando Pedro Strecht, famoso pedopsiquiatra português de uma enorme sensibilidade, "não há crescimento saudável sem um desenvolvimento artístico e estético, sem respeito pela ligação com o que mais simples e belo nos rodeia."
Confesso que gostei imenso de entrar nesta fantasia e navegar neste mar de ilusão delicioso. Cheguei à conclusão, que acredito em Fadas... sobretudo naquelas que vivem em Sintra e transformam esta serra num local misterioso e encantado. 
Aguardem pela minha resposta no próximo post.Até breve.

1 comentários:

borboleta africana 24 de novembro de 2010 às 15:35  

Perguntas absolutamente pertinentes que eu própria me tenho colocado várias vezes.
Nada como ficar atenta e agir natural e delicadamente para elas se manifestarem e então teremos ocasião de fazer-lhes, directamente essas perguntas sempre sussuradas e misturadas com o próprio vento.
Mas atenção que podemos correr o risco de nunca mais conseguirmos encontrar o caminho para nossa casa.

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