Venham daí...até Sintra!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Domingo apareceu frio, com pouco sol, convidativo a ficar por casa. Mas quem vive em Sintra, dificilmente resiste a espreitar o mundo lá fora!
Foi o que fizemos. A seguir ao almoço, saímos de casa, sem destino certo. Errantes pelos caminhos, mas não na busca.
É o encontro com a beleza serena e intimista deste sítio do mundo, que nos faz caminhar. Sempre com a certeza de voltarmos a casa mais pacificados. Sintra têm o dom de nos harmonizar com a vida.
Conhecemos bem os cantos desta terra, mas sempre nos perdemos deleitadamente em algum dos seus recantos!
Incessantemente, tendemos a guardar muitas das cores que pensamos vir a precisar nos dias mais cinzentos de Inverno.
No ar, uma miscelânea de cheiros, lembra-nos permanentemente que estamos na serra. Cheira a terra, cheira a verde, com fortes pinceladas de Outono. Cheira a Sintra.
Infinita paixão, esta que me liga a Sintra! Não me canso de a percorrer, de a olhar e, acima de tudo, de a admirar. Sublime, apresenta-se-me a cada dia, em detalhes renovados...
O castelo dos mouros...já o olhei de vários ângulos, fotografo-o sempre que posso e continuo a achar que em tempos lá vivi! Estonteia-me os sentidos.Não só a mim. O meu filho, que este ano se iniciou na História e já trata os mouros por tu, fica igualmente enfeitiçado.
Sintra tem um coração enorme e uma generosidade sem limites, capaz de nos oferecer múltiplas maravilhas em ínfimo espaço de tempo.
Tempo, que Sintra nos faz esquecer. Começava a escurecer e não havia vontade de parar. Só a fome dos mais pequenos e o apetite por algumas das nossas gulodices nos moveu. A hesitação situava-se apenas entre as broas de mel e os pastéis de nata do Gregório ou as queijadas de Sintra, da SAPA. Por razões que não vêm ao caso, o Gregório saiu vencedor. Até lá, ainda nos regalámos com tudo isto.
Acabámos por nos cruzar com imensos turistas (algo de que tentamos sempre fugir ao fim de semana...), daqueles que ficam com os olhos presos no que observam, como se de uma miragem se tratasse. Parece-me sempre que nós, sintrenses, os olhamos com alguma altivez, como que dizendo, "nós vemos Sintra todos os dias"!
Que dádiva! Poder ver e sentir Sintra todos os dias!
Como é possível que todos os domingos, tantas pessoas continuem a ir passear aos centros comerciais? Só pode ser porque não conhecem Sintra. Porque ninguém lhes revela que ela existe! Agora que já sabem, venham daí...até Sintra!
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