Fomos ao Teatro

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

No domingo, fomos ao Olga Cadaval cozinhar letras, ou melhor, palavras, ou melhor ainda, livros. Na cozinha, entre sete panelas, uma ritmada colher de pau e vários outros apetrechos, estavam Susana Gaspar e Fernando Cunha dos Valdevinos, teatro de marionetas. De forma divertida e "deliciosa", durante 45 minutos, cativaram e encantaram  pequenos e grandes, cozinhando a história As Cozinheiras de Livros, que Margarida Botelho escreveu.


É um dos livros cá de casa com "certificado de qualidade". Nessa categoria, estão todos aqueles que o meu filho gosta muito, tanto que não resiste a  levar para a escola para ler com os amigos. Este andou por lá, a ser saboreado pela criançada, durante meses e meses.



Daí que a expectativa em relação à peça de teatro fosse grande, tanto da minha parte como da dele. O balanço foi excelente e "bizarro", porque pequenos e grandes rivalizaram nas gargalhadas, na participação e nos aplausos.


Dois excelentes actores, um casamento feliz entre a qualidade do texto e da música foi a receita. Todos ficaram a saber de onde vêm os livros, como e quem os faz. E mais importante, como nos fazem falta!



No final, os meninos ainda poderam conhecer a autora, que levou consigo os objectos que construiu para as ilustrações. E não é que, das panelas às cozinheiras, os meninos e meninas podiam  "mexer" em tudo? "Imperdoável, mãe", foi o comentário que o meu filho me disparou por não me ter ocorrido levar o nosso livro... É que ela dá autógrafos com desenhos...




O primeiro livro que li de Margarida Botelho foi a Casa da Árvore  e fiquei fã. Gosto do que escreve, como escreve, adoro o que desenha, pinta e constrói. Fico roídinha de inveja só de pensar como será a sua "fábrica", lugar mágico onde nascem tantas personagens fantásticas. Recentemente, uma amiga emprestou-me A Colecção, que nunca consegui comprar.



Um menino que se torna coleccionador depois de uma visita ao museu com o avô,  que quando fôr grande quer ser antigo como ele, que vê chegar à escola uma menina diferente, porque vem da China e não fala a mesma língua.


As palavras foram substituídas pelo coração. O menino, que até conseguia sonhar em chinês, e a menina que partilhava a paixão pelos objectos perdidos, iniciaram  a colecção da amizade.



No âmbito da minha Pós-Graduação, tive o privilégio de assistir a uma conferência de Margarida Botelho, acabadinha de chegar da Amazónia. Relatou-nos experiências e vivências desse seu percurso que é também o do projecto Encontros. Falou-nos do trabalho anterior em Moçambique e, fascinada, ouvi histórias de arrepiar e de encantar. Estou cheiinha de vontade de conhecer a EVA, o novo livro, também ele um encontro. De 29 de Março a 7 de Abril, Margarida e as suas duas Evas vão estar no Centro Cultural de Belém. Obrigatório e imperdível!


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