A Bibioteca Infantil e Juvenil de Sintra
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Esta semana, o Chá de Sintra foi espreitar a Biblioteca Municipal e descobrir as surpresas por lá guardadas, que agradam e preenchem os corações das crianças, jovens e adultos do concelho.
A Biblioteca funciona no antigo palácio Casa Mantero, datado do século XIX, junto ao jardim do Soldado Perdido, monumento que homenageia os Combatentes mortos no Ultramar. E tem uma vista deslumbrante sobre o palácio e a serra!
Os jardins envolventes contam com um local de “Animação do Livro e da Leitura”, um recinto para realizar concertos e espectáculos e uma Casa de Chá, com uma simpática esplanada, onde podemos contemplar a vista fascinante sobre a vila.
A Biblioteca tem mais de 60.000 volumes, divididos pela Biblioteca Infantil, Juvenil e de Adultos. Destaque ainda para os serviços especiais para Cegos, no Núcleo de Braille e para os Deficientes Motores. Todo o edifício tem as questões de acessibilidade bem tratadas, permitindo o acesso de todos os cidadãos a este espaço cultural.
A primeira vez que fui a esta Biblioteca foi com a minha filha mais velha, há cerca de cinco anos atrás, de mão dada ajudando-a nos primeiros passinhos, que ainda eram trémulos e frágeis. Fomos explorar o cantinho da Bebéteca, uma das poucas existentes em Portugal. Ficámos fascinadas com o espaço colorido e acolhedor, a simpatia dos colaboradores que sorriam perante os choros dos bebés que ali se juntavam, para folhearem livros e escutarem as histórias que as mães, com ternura contavam, aconchegadas nas almofadas que cobriam o chão.
As mesas e as cadeiras eram pequeninas e forradas com imagens de animais "cultos".
As mesas e as cadeiras eram pequeninas e forradas com imagens de animais "cultos".
As estantes estavam repletas de livros, com histórias para todos os gostos. Lembro-me de como foi difícil escolher um livro com a minha filha, dada a imensa oferta. Havia também filmes, desenhos animados, computadores com jogos e acesso à Internet. Estava tudo disponível, ao toque de mão de qualquer bebé ou criança que por lá passasse.
Hoje, quando ali entrei, revivi esses momentos, com uma certa nostalgia.
Solicitei à única colaboradora que encontrei, o programa de eventos, porque me recordava que aquele espaço era dinâmico, promovia teatros, horas do conto aos Sábados, com contadores e dramatizações que apaixonavam as crianças,envolvendo-as com música, fantasia e alegria. Mas, com tristeza, soube que o núcleo responsável por tais iniciativas tinha cessado as suas funções há alguns meses.
Solicitei à única colaboradora que encontrei, o programa de eventos, porque me recordava que aquele espaço era dinâmico, promovia teatros, horas do conto aos Sábados, com contadores e dramatizações que apaixonavam as crianças,envolvendo-as com música, fantasia e alegria. Mas, com tristeza, soube que o núcleo responsável por tais iniciativas tinha cessado as suas funções há alguns meses.
Na Bebéteca, não vi bebés nem crianças sentadas nas almofadas, de livros abertos, embebidos na fantasia. Apenas um grupo de jovens a conversar frente ao computador.
Nas estantes, ainda moram muitas histórias, mas algumas delas antigas. Ao que parece, não têm sido adquiridos novos livros para esta Biblioteca. As mesas e as cadeiras são as mesmas, mas estão vazias e o local estranhamente arrumado.
Encontrei um colaborador, que se sentia só e desanimado, num Palácio que noutros tempos, não tão longínquos, foi local de encontro, aprendizagens e partilha de saberes do universo único e valioso, que é o mundo infantil. Agora, está esquecido e perdido, tal como a estátua que mora à sua frente.
Saí cabisbaixa daquele espaço cultural, senti-o morto e pobre, intuindo que não é esta a melhor forma de promover o gosto pela leitura e o desenvolvimento cultural do nosso concelho. Nem de acarinhar os bebés e as crianças que aqui vivem.
Pressenti que um dos motivos deste "sossego" será a falta de verbas destinadas à Biblioteca. Caso contrário, porque razão se terminaria com um projecto tão interessante e apelativo?
Pressenti que um dos motivos deste "sossego" será a falta de verbas destinadas à Biblioteca. Caso contrário, porque razão se terminaria com um projecto tão interessante e apelativo?
Esperamos, sinceramente e com apreensão, que as entidades envolvidas e responsáveis, analisem com seriedade a vida da Biblioteca Infantil e Juvenil de Sintra, para que o movimento e o prazer pelos livros ali regressem o mais depressa possível.
Biblioteca Municipal de Sintra
Horário
Segundas-feiras das 14h00 às 20h00, de terça a sexta-feira das 10h00 às 20h00, sábados das 14h30 às 20h. Encerra domingos e feriados.
Segundas-feiras das 14h00 às 20h00, de terça a sexta-feira das 10h00 às 20h00, sábados das 14h30 às 20h. Encerra domingos e feriados.
Horário de Verão (Agosto): De segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h00. Encerra aos sábados e domingos.
Morada
Rua Gomes de Amorim,
n.º12/14
2710-569 Sintra
2710-569 Sintra
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