De Sintra para a Escandinávia...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sem tempo para escrever, tornei-me ultimamente leitora assídua deste nosso Chá de Sintra. Confesso que gosto muito do que por aqui se tem escrito!

Há dezasseis dias que saí de Portugal, para mais uma viagem louca e fascinante, que o meu marido e o meu filho planearam passo a passo. Todos os anos a história se repete: no dia do regresso a casa, eles começam a pensar as férias do ano seguinte...Uma vez o percurso traçado, "empurram" para mim toda a logística da viagem - sítios onde ficar, meios de transporte a usar... e o que é pior, com um orçamento a que não posso fugir! Apesar de tudo, é com muito orgulho que sempre inicio as minhas viagens com tudo reservado e marcado via bookings e internet. Depois de meses e meses a tentar alguns milagres, sempre consigo algumas promoções e preços baratinhos!

 Em matéria de férias e viagens, pertencemos todos ao clube  "já agora...". Pois é, se vamos aqui, já agora vamos ali! Com grande parte da Europa já visitada, faltava a Escandinávia. E para a conhecer, este foi o percurso escolhido:

Lisboa-Copenhaga-Vejle-Billund-Hirsthals-Bergen-Karlstad-Oslo-Estocolmo-Lulea-Rovaniemi (capital da Lapónia)-Helsínquia-Tallin-Helsínquia-Lisboa. Lisboa- Copenhaga e Helsinquia-Lisboa serão as únicas viagens de avião. No resto, experimentámos comboio, ferry, autocarro...

Há já muitos dias que me apetece partilhar o meu diário de viagem, mas o ritmo alucinante a que andamos não o tem permitido. Hoje chegámos ao nosso último destino, Tallinn, na Estónia. São os últimos dois dias antes do regresso a casa, e independentemente do muito que levo para contar, não resisto a deixar-vos alguns dos meus (nossos) momentos. Pelo menos, aqueles que consigo ilustrar com algumas das centenas e centenas de fotos que já tenho espalhadas por dispersos cartões.

Copenhaga foi o nosso primeiro destino.



Uma hora depois de aqui termos chegado, debaixo de uma enorme trovoada e com calor de 28º graus, e depois de já ter falado bastamente ao meu filho sobre os nórdicos e todo o seu civismo, tivemos que ir mudar de roupa, pois fomos literalmente "encharcados" por um taxista que passou junto à passadeira dos peões...
Mas nada disso importa, quando se pode lanchar com o homem mais gordo do mundo, cumprimentar o mais alto de sempre, ver o que come pregos e todo o tipo de metais... Visitar o Guiness Museum foi simplesmente hilariante!




Mas o momento mais hilariante de todos, a que o viajante mais novo não achou qualquer piada, aconteceu quando decidimos ir ver a célebre estátua da pequena sereia, e em vez dela, encontramos isto.



A pequena sereia tinha saído do sítio dela, viajado até à Expo de Xangai, e os dinamarqueses decidiram presentear os visitantes, em Copenhaga, com o vídeo da referida exposição...
Cumprindo promessa de pais, daquelas que se fazem quando achamos que nem lá por perto andaremos, fomos para Billund "explorar" a Legolândia. 



Dever cumprido, com direito a entrada em todas as loucuras por ali existentes, rumamos a Hirsthals, o porto no norte da Dinamarca, onde se situa o terminal dos barcos que fazem a travessia para Bergen (Noruega). O comboio que apanhámos em Vjele, chegou à hora prevista, com bastante antecedência em relação à partida do barco. Tudo parecia correr bem até ao momento em que percebemos que não estávamos no terminal certo... O nosso avistava-se ao longe, a uns bons 3 km. Os táxis não existiam, o autocarro tinha partido e começámos a pensar que o barco também partiria... sem nós! E toda a nossa viagem seria afectada, porque só voltava a haver barco dois dias depois! Decidimos não quebrar!! Mochilas às costas, malas a deslizar, percorremos o mais apressadamente possível 3 kilómetros de descampado, em que não vimos vivalma, e sem qualquer certeza de estar no caminho certo. Na altura, foi um dos piores momentos, mas ainda hoje nos rimos e jamais o esqueceremos! Chegámos 5 minutos antes da partida e entrámos no "barquinho" escoltados... pelo chefe dos cozinheiros.




Depois de uma noite dormida (?...) em alto mar, chegámos a Bergen por volta das 7 da manhã. Assim que pusemos pé em terra, ficámos rendidos a tanta beleza! Bergen é um daqueles sítios, onde queremos sempre voltar. Subimos o funicular para ver a deslumbrante cidade.

 


Cá em baixo, a cidade fervilha de vida, de gentes dos mais variados lugares. O célebre mercado do peixe, a céu aberto, na zona do porto, é um dos lugares mais vibrantes. Foi aqui que encontrámos a simpática Sílvia, uma italiana que no verão vem trabalhar para Bergen. Graças a ela, provámos toda a espécie de salmão...



O segundo dia da nossa estadia há muito que estava programado. Uma viagem pelos fjords e também pela famosa linha de comboio Flam-Myrdal.

Vista do comboio de Flam


Este é um daqueles lugares em que a respiração se contém e onde pensamos que o paraíso está ao alcance da mão!


Daqui a poucos dias, estarei de volta ao meu bocadinho de paraíso, à minha Sintra. Mas não deixarei de vos contar algumas outras aventuras, nomeadamente, como chegamos à Lapónia, a emoção de pisar o Círculo Polar Ártico, o percorrer terras deserticas, no meio do nada, viajar num autocarro com um morto, que afinal não estava morto... E tudo isto, numa parte do mundo onde, nesta altura do ano, nunca é noite, onde o sol se deita à meia noite e madruga às duas da manhã! Até lá!


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